quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Paz



Quantas vezes procuramos as lições do Evangelho de Jesus com a alma em frangalhos, após amarguras e decepções!. . . Em quantas oportunidades a Doutrina Espírita, com Jesus à frente, nos alcança com seus raios bonançosos, refrigerando o ardor de nossas lutas, confortando o nosso coração abatido por mil golpes da leviandade e da ingratidão!. . .

Não vemos - sinceramente não vemos - missão mais alta, mas sublime, para o Consolador prometido por nosso Senhor Jesus Cristo!

O Espiritismo é, neste sentido evangélico, de vivência do Amor e da Caridade, a estrada celestial que Deus edificou, do Céu para a Terra, capaz, em todos os aspectos, de conduzir as criaturas - não importa de que condição, se encarnadas ou desencarnadas - de seus desvios e sofrimentos às moradas felizes da Imensidão!

E diante desta verdade inconteste, urge meditemos no perdão por atitude genuína do que crê e sente com os Espíritos Superiores sobre a santidade do Evangelho.

Necessitamos perdoar sempre, sem que o nosso perdão signifique subjugação de nossa vida aos caprichos e insensatezes alheios.

Perdoar no lar a deselegância do marido, dos filhos, da esposa e de outros membros do núcleo familiar.

Perdoar o chefe atormentado ou negligente; ao funcionário desleal ou mesmo agressivo e competidor. . .

Perdoar os que, movidos por vaidade e presunção, arrogam-se senhores das coisas, das pessoas, do Espiritismo. .

Perdoar sempre e cada vez mais, porque o nosso perdão é uma senha de luz a nos abrir portas de progresso e elevação no Reino do Senhor.

Tudo o que a Doutrina dos Espíritos nos ensina, desde Allan Kardec, tem esse objetivo supremo: preparar-nos intelectual e moralmente para o perdão incondicional, pois o perdão libera a alma das ilusões e das guerras, assegurando-lhe a firmeza de ânimo ao coração, com sua defintiva integração espiritual com Jesus.

Onde e com quem estivermos, se realmente desejamos servir ao Bem e viver a Caridade evangélica, apliquemo-nos ao perdão!

Que a benção do Senhor nos alcance e nos mantenha em paz!

Chico Xavier.


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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Respeito nas relações afetivas



Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.

Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.

Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas conseqüências amargas dos votos não cumpridos.

Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou como o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir com a própria palavra, no que tange a promessas de amor.

E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendestes esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.

Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.

O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliados do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante A divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.

Certamente que muito desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.

Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".

Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

Emmanuel

Livro: Momentos de Ouro
Autor: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ame-se


A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.
Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.
Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Joanna de Ângelis


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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Notas de Bem Viver




Por maiores sejam os obstáculos, procura doar o melhor de ti, na execução das tarefas que te cabem.

Se erraste, recomeça.

Se caíres, pensa em tua condição de criatura humana, reajusta as próprias emoções e reergue-te para caminhar adiante.

Desânimo, em muitos casos, é a ausência de aceitação do que ainda somos, ante a pressa de ser o que outros, pelo esforço próprio nas estradas do tempo, já conseguem ser.

Coragem é a força que nasce da nossa própria disposição de aprender e de servir.

Não te ausentes dos próprios encargos.

Dever cumprido é passaporte ao direito que anseias usufruir.

Não acredites em felicidade no campo íntimo, sem o teu próprio trabalho para construí-la.

Toda realização nobre se levanta na base da perseverança no bem.

Compadece-te dos que, porventura, te firam e, ao recordá-lo, exerce a bondade sem ressentimento.

Não exijas de ninguém a obrigação de seguir-te os modelos de vida e pensamento.

Protege as crianças, tanto quanto se te faça possível, mas não te tortures, ante a escolha dos adultos que esperam de ti o respeito às experiências deles, tanto quanto reclamas o acatamento alheio para com as tuas.

Distribui otimismo e simpatia.

Irritação não edifica.

Não percas tempo com lamentações inúteis, reconhecendo que há sempre alguém a quem podes beneficiar com essa ou aquela migalha de apoio e generosidade.

Deixa algum sinal de alegria onde passes.

Quando os problemas do cotidiano se te façam difíceis, ao invés de inconformação ou de azedume, usa a paciência.

Sempre que necessário, empenha-te a ouvir esse ou aquele assunto, com mais atenção para que possas compreender isso ou aquilo com mais segurança.

Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.

Grande entendimento demonstra a criatura que vive a própria vida do melhor modo que se faça possível, concedendo aos outros o dom de viverem a vida que lhes é própria, como melhor lhes pareça.


Emannuel


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